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Como comprar uma Bicicleta MTB?

16/12/2020

Você tem pesquisado ou comprado Bicicleta Mountain Bike pelo preço? Pela cor ou estética? Ou por indicação de um amigo?

Todas essas variáveis são legais e de alguma forma ou de outra, contribuem, mas faltou a mais importante delas, a QUALIDADE TÉCNICA do produto.

E é esse ponto que muitos ciclistas já descobriram e por isso estão se dando bem.

Enquanto isto, outros se perguntam: - Por que aquele(a) ciclista consegue subir bem? Por que consegue uma performance melhor? Por que ele(a) não reclama de dor?

São diversos fatores, mas um, e somente este, é onde tudo começa bem ou mal: O QUADRO.

Ai surge alguém e diz: o que mais importa é a relação de marchas (cassete 10-50D). 

Enfim, temos total certeza de que se o Quadro for ruim, pode ter o melhor conjunto de componentes que você continuará pedalando sobre uma plataforma que alonga demais, instável na descida, não é responsiva, centro de equilíbrio/gravidade alto e ruim, dirigibilidade péssima e de nada adiantará ter o câmbio ou cassete X, Y ou Z. Se somente câmbio e cassete resolvem, basta comprar um quadro urbano com cestinha e cassete 10-52D... rsrsrs

Fica a dica!

Ultimamente - ficamos felizes por isso, pois estamos há anos dizendo isto para os ciclistas - alguns clientes e matérias sérias e algumas até "compradas", estão enaltecendo o ângulo da caixa de direção da bicicleta (do quadro), que bom! Mas fica um alerta: não adianta resolver este ângulo e continuar tendo uma desproporcionalidade do restante da geometria, exemplo: seat tube com 17" e top tube com 25"; ou stack acima de 606 mm para quadros 15" e 17", enfim, por ai vão os exemplos.

Legenda técnica:

Ângulo de Caixa de Direção: Siga as orientações acima e assim você terá uma bike mais estável em descida, pois quanto menor o ângulo e abaixo de 69,5º, menor será a sensação de que numa descida você parece estar passando por cima do guidão. Capotando.

Stack: Quanto menor for, mais baixa será a bicicleta e com isso ganhará agilidade e dirigibilidade, por isso que as BMX são baixas,  tem seu centro de gravidade baixo, mais próximo do solo, facilitando nas curvas e manobras. Imagine que tem marcas que chegam a ser 4 cm mais altas que outras, em alguns casos o top tube pega na genital do ciclistas ao montar e desmontar. Daí que vem (também) a ideia em usar canote retrátil. 

Ângulo Seat Tube: perceba que quadros com ângulos próximo de 74º constumam ter um triangulo traseiro (stays) menores, avançando mais a roda, deixando-a mais próxima do eixo central, contribuindo com a aceleração, dentre outros benefícios em parceria com o chain stay.

Chain Stay: quanto menor, melhor, isso mesmo! Quanto menor for o curso da corrente entre o eixo traseiro (da roda) e o eixo central, mais responsiva e rápida será a bike.

Reach: Este é um ponto que chama a atenção a quantidade de quadros longos comercializados no Brasil. Geometria desproporcional ao seat tube e desrespeito ao biotipo do ciclista. Com a desculpa de que uma mesa/avanço mais curta resolve. Não caia nessa! Não jogue essa falta de qualidade técnica do quadro para o seu Bike Fitter resolver.

É claro que outros fatores como rodas rolamentadas, tipos de pneus e calibragens, tipos de suspensão, inclusive aqui fica uma dica, não compre qualquer marca de suspensão somente por ter trava no guidão, isso significa luxo e não qualidade técnica, mas enfim, são muitos itens numa bike, mas voltando ao foco inicial, para decisão de compra, priorize um bom quadro e se essas 5 características geométricas estiverem nesses padrões, você eliminou um alto percentual em se dar mal e fazendo upgrades para concertar aquilo que "nasceu torto".

Ah! Sobre o material dos Quadro. Se for de alumínio, liga 6061 ou 6069 e se for de carbono, com fibras de fabricantes conhecidos, exemplo, Mitsubishi.

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